domingo, 29 de maio de 2016



Você realmente quer conquistar tudo o que deseja?

“Vamos supor que, em um sábado comum, você esteja passeando com seu cônjuge no shopping e passe por você aquela atriz famosa ou aquele artista que você adora. O que acontece? Se você for como a maioria das pessoas, irá desejá-la ou desejá-lo no mesmo instante. Agora, suponha que surpreendentemente, naquele dia, o artista ou a atriz retribua seus olhares de desejo. O que você faz? Arrisca a relação com seu cônjuge em nome desse desejo?”

A hipótese acima descrita é um trecho do livro A árvore de dinheiro – Guia para cultivar a sua independência financeira, do doutor em Finanças Comportamentais, Jurandir Sell Macedo Jr.
E eu copiei esse trecho porque diariamente vejo pessoas comprando coisas que elas não querem. Como assim? É simples: as pessoas compram muitas coisas baseadas apenas no desejo que sentem quando estão diante de uma vitrine. E, segundo Jurandir, desejar não é a mesma coisa que querer!
Explicando cientificamente, o desejo surge no nosso sistema límbico, que é a parte do nosso cérebro responsável pela formação das emoções. Mas a transformação do desejar em querer ocorre no córtex, que é a região cerebral onde são tomadas as decisões racionais. Resumindo: desejar o artista que você viu no shopping é uma ação irracional, porém normal e muito comum. Mas avaliar se vale a pena correr o risco de destruir seu casamento para viver uma aventura amorosa com o tal artista é uma ação racional, que avalia as perdas e os ganhos que serão obtidos se você escolher satisfazer o seu desejo.
Ou seja, quando você está diante de uma vitrine, é normal você desejar todas as roupas, sapatos, acessórios, maquiagens, e outras centenas de tipos de produtos! E se os vendedores forem cordiais, te derem boas informações sobre os produtos, e houver algo em promoção, é ainda mais natural você desejar tudo!
Entretanto, se você parar por aÍ e ouvir apenas os seus desejos, você corre um grande risco de comprar coisas que não precisa ou, pior ainda, que não conseguirá pagar. E, de qualquer maneira, ninguém consegue comprar tudo que deseja, então se você sair comprando tudo que vê, estará automaticamente abrindo mão de comprar outras coisas que você também vai desejar e que poderão até ser mais importantes pra você.
Assim, antes de comprar qualquer coisa, pense bem se vale a pena satisfazer esse desejo. Lembre-se que os desejos são incontroláveis, surgem espontaneamente no nosso cérebro à todo momento e nunca tem fim. Mas o QUERER é uma decisão que avalia os benefícios e as desvantagens de satisfazer seus desejos.
Então, antes da próxima compra, reflita:
1 – Ok, eu desejo esse produto e está tudo bem.
2 – Mas eu realmente quero ter esse produto?
3 – Eu realmente quero abrir mão do meu dinheiro e de outras escolhas futuras para ter esse produto agora?
4 – Satisfazer esse desejo vai prejudicar à mim e à minha família de alguma maneira?    
Da mesma maneira que uma aventura extraconjugal pode destruir seu relacionamento, compras mal planejadas e problemas financeiros podem prejudicar sua saúde financeira e gerar uma situação de escassez e endividamento que afeta negativamente as pessoas que você mais ama. 
Pense nisso e fique atenta para identificar que nem tudo que você deseja, você verdadeiramente quer conquistar! 

Um grande abraço e Sucesso!

Elen Angela Dutra – Coach

Criadora da fanpage Lindas e Econômicas

domingo, 22 de maio de 2016

Um pouco mais da minha história

Uau!! Os últimos meses foram tão intensos que eu acabei abandonando esse jovem blog! Abril foi um mês com todos os tipos de experiências: sofri um assalto e fiquei sem meus documentos às vésperas da minha viagem à Vitória para participar do maior encontro de coaches do Brasil. Apesar do trauma do assalto, o evento Profissão Coach me reenergizou! Foram três dias de palestras maravilhosas, dos quais voltei cheia de metas e desafios.

O primeiro desafio que coloquei em prática foi publicar um vídeo por dia durante 365 dias na minha fanpage Lindase Econômicas. Não é fácil, mas está sendo maravilhoso! Estou contando os dias para completar 1 mês do Desafio !!

Mas hoje, finalmente atualizando meu blog, vou te contar um pouco mais sobre minha história e o que me trouxe até aqui.

Eu já te contei que nasci numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, e que meus pais são filhos de pequenos agricultores rurais.

Bom, eu cresci ouvindo o quanto a infância dos meus pais foi pobre e a minha infância, embora melhor que a deles, também não foi de riqueza material.

Na verdade, algo sobre o qual eu pouco comento, é que minha família passou por períodos de grande dificuldade financeira.

Nós já residíamos no Estado do Mato Grosso, meu pai ainda não havia conseguido um trabalho com boa remuneração, e eu tive um problema de saúde que exigia viagens constantes para realizar consultas médicas e também a compra de medicamentos caros para me tratar.

Foram tempos difíceis, eu me recordo de algumas vezes minha mãe receber o cobrador do aluguel da casa que morávamos e pedir para ele voltar outra data, pois não tínhamos dinheiro. Como meu pai era representante comercial, não tinha salário fixo, só recebia comissão pelas suas vendas, então ficava mais de 30 dias sem receber nenhuma remuneração.  E, é claro, meu pai precisou recorrer a empréstimos algumas vezes.

Eu realmente não me lembro de detalhes nem de valores. Não sei quantas vezes meus pais recorreram a empréstimos e em quanto tempo conseguiram quitá-los.

Mas uma coisa eu lembro bem: a angústia que existia em nossa casa por não termos dinheiro suficiente. Meu pai estava sempre muito preocupado, nervoso, buscando alternativas para conquistar uma remuneração maior e buscando forças para continuar persistindo. Minha mãe também sofria muito com essas incertezas e chegou a viajar a trabalho com meu pai durante um tempo, deixando eu e minha irmã (as duas garotinhas da foto acima)  na casa da nossa tia e passando várias semanas sem nos ver. Não foi fácil.

Contudo, meus pais persistiram. Lutaram, trabalharam duro. Tiveram que lidar com pessoas desonestas, tiveram que pagar juros exorbitantes para pessoas que posteriormente lhes pediram empréstimos e não honraram os pagamentos.

E eu vi, e senti, desde muito pequena, o quanto o dinheiro afeta nossas vidas.
Houve um tempo em que eu acreditei que o dinheiro era muito ruim, pois sempre tínhamos problemas por causa dele. Mas depois ficou claro que os problemas eram devido à falta de dinheiro.

Ao longo dos anos eu fui observando que a maioria das pessoas tem problemas relacionados ao dinheiro. São problemas que interferem na saúde, na vida conjugal, no relacionamento e na educação dos filhos, na convivência com amigos e parentes... enfim, em todos os aspectos das nossas vidas!


E é por isso que eu decidi, há 2 anos, me tornar instrutora de cursos de Educação Financeira e agora sou coach e me dedico cada dia mais a ajudar pessoas a assumirem o controle do seu dinheiro para viver melhor e concretizar seus sonhos!!

Elen Angela Dutra